Arezzo e Grupo Soma negociam fusão

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As gigantes do varejo de moda, Arezzo e Grupo Soma, confirmaram oficialmente na quarta-feira (31) que estão em tratativas para uma possível fusão de suas bases acionárias.

Embora as ações das empresas tenham registrado fortes valorizações com a notícia, é importante ressaltar que ainda não há um acordo vinculante entre as partes.

Arezzo e Grupo Soma: detalhes das negociações 

O Grupo Soma esclareceu que seu presidente-executivo, Roberto Jatahy, continuará liderando as marcas sob sua gestão.

Enquanto Alexandre Birman, presidente da Arezzo, assumirá a posição de presidente-executivo da companhia combinada, caso as negociações avancem para um acordo definitivo.

Contudo, ressaltaram que, até o momento, nenhum documento vinculante foi assinado, e a concretização da operação não pode ser confirmada.

Impacto da fusão no Mercado Financeiro

A notícia das conversas impulsionou as ações das empresas, com a Arezzo registrando um salto de 12,08% e o Grupo Soma com ganhos de 16,8%.

Analistas destacam que, embora a falta de um acordo vinculante gere incertezas, a possível fusão entre a Arezzo e o Grupo Soma cria uma das maiores empresas de moda da América Latina, com uma receita estimada em R$ 12 bilhões.

Transação

Segundo informações do Brazil Journal, as condições preliminares da transação incluem uma distribuição de 56% das ações combinadas para os atuais acionistas da Arezzo e 44% para os acionistas do Grupo Soma.

Os acionistas controladores combinados deteriam cerca de 38% do capital da nova empresa, com Alexandre Birman como presidente pelos próximos 10 anos.

 Análise de Especialistas sobre a fusão Arezzo e Grupo Soma 

Ana Paula (Popy) Tozzy, CEO da AGR Consultores, destaca a criação de uma empresa de moda consolidada e sinergias de produtos complementares como pontos positivos caso a fusão entre Arezzo e Grupo Soma aconteça.

No entanto, ressalta que a adaptação cultural e a efetiva captura das sinergias podem representar desafios, citando experiências passadas de grandes fusões no mercado brasileiro.

O Bradesco BBI destaca o sentido estratégico do negócio, consolidando o mercado de moda de alta renda com portfólios complementares.

A fusão resultaria em uma empresa com receita líquida combinada de R$ 10 bilhões, mas analistas alertam para os desafios associados à complexidade da operação e às incertezas quanto aos termos finais do acordo.

O Goldman Sachs ressalta benefícios potenciais, como a aceleração do turnaround da Hering e a otimização da gestão de franquias, mas observa a necessidade de superar desafios operacionais e culturais.

O mercado reagiu positivamente à notícia, precificando cerca de 40% da alta sugerida com o negócio.

O JPMorgan revisou suas recomendações, mantendo uma posição overweight (compra) para a Arezzo e neutra para o Grupo Soma.

O banco ajustou os preços-alvo, refletindo as projeções de lucro e a estrutura tributária em evolução.

Conclusão

Enquanto as negociações entre  Arezzo e Grupo Soma estão em andamento, o mercado aguarda desenvolvimentos futuros.

A possível fusão promete criar uma potência no cenário da moda latino-americana, mas os desafios e incertezas ressaltam a importância de uma abordagem cautelosa por parte dos investidores e das próprias empresas envolvidas.

O desfecho dessas negociações pode redefinir significativamente o panorama do varejo de moda na região.

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