Temu suspende vendas diretas da China aos EUA e aposta em comerciantes locais para driblar nova tarifa

A varejista chinesa Temu anunciou a suspensão das vendas diretas da China para os Estados Unidos

após a entrada em vigor da chamada “taxa da blusinha”, implementada pelo governo Trump. Em outras palavras, a medida elimina a isenção para importações de até US$ 800,

impactando diretamente plataformas de e-commerce como Temu e Shein.

Com isso, os produtos enviados da China passam a ser taxados em 120% do valor declarado ou sofrem uma cobrança fixa de US$ 100 por pacote, valor que, conforme anunciado, subirá para US$ 200 em junho de 2025.

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Estratégia da Temu para manter vendas nos EUA

Diante desse cenário, para continuar operando no mercado norte-americano e reduzir o impacto das tarifas, a Temu passou a vender produtos por meio de comerciantes locais já estabelecidos nos Estados Unidos. Além disso, a empresa está intensificando o recrutamento de vendedores americanos para abastecer seu marketplace com produtos já disponíveis em território nacional.

Essa mudança de rota, portanto, busca evitar o aumento de preços e garantir a manutenção da competitividade da marca frente a concorrentes como Amazon e Walmart.

Temu e a adaptação ao novo cenário comercial

Não por acaso, essa decisão da Temu marca uma reestruturação significativa do modelo logístico adotado nos EUA. Em vez disso, a empresa agora aposta na localização de estoques e no fortalecimento de parcerias com fornecedores internos, o que, por consequência, pode resultar em entregas mais rápidas para os consumidores norte-americanos.

Vale destacar que, além de ser uma resposta direta à crescente guerra comercial entre EUA e China,

a medida também representa uma tentativa de garantir a continuidade das operações em um dos mercados mais estratégicos do mundo.

Conclusão

Em resumo, a suspensão das vendas diretas da China e o foco em comerciantes locais mostram que a Temu está disposta a se adaptar às novas exigências

do mercado americano. Assim sendo, mesmo diante das restrições impostas pela “taxa da blusinha”, a empresa busca preservar sua presença nos EUA sem perder sua essência:

preços baixos, alto volume de vendas e experiência digital envolvente.

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