Confiança do consumidor: No mês de agosto, um cenário de otimismo toma conta dos consumidores brasileiros quando o assunto é compras. Essa percepção é respaldada pelos dados do Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com a PiniOn.
A pesquisa abrangeu uma amostra de 1.750 famílias, abrangendo capitais e cidades do interior, em nível nacional. Os resultados apontam para um índice de confiança de 103 pontos, representando incrementos de 1,0% e 13,2% em relação a julho e agosto de 2022, respectivamente.
Notavelmente, essa é a terceira alta mensal consecutiva na confiança do consumidor, indicando um otimismo contínuo que mantém o índice acima dos 100 pontos.
Ao analisar regionalmente, as conclusões permaneceram heterogêneas, com elevação do índice em duas das cinco regiões do país: Centro-Oeste e Sudeste. Enquanto isso, o Sul manteve-se estável, mas o Norte e o Nordeste experimentaram uma diminuição.
No contexto das diferentes classes socioeconômicas, observa-se uma variação nos resultados, com o otimismo crescendo nas classes A, B e C, porém declinando nas classes D e E.
Razões por Trás do Otimismo
Resumidamente, as famílias identificaram melhorias em suas situações financeiras atuais, alimentando o otimismo predominante. O aumento na ocupação e na segurança do emprego se destacam como incentivos, impulsionando também as expectativas positivas sobre o futuro das finanças familiares.
Adicionalmente, o crescimento da renda e as perspectivas de continuidade da redução das taxas de juros, em um cenário de deflação, se posicionam como fatores que contribuem para o aumento da confiança do consumidor.
Desejos e Comportamentos dos Consumidores
Apesar desse clima otimista, os entrevistados ainda demonstram uma relutância em realizar compras de alto valor, como carros e imóveis. No entanto, vale destacar que houve um aumento na porcentagem de pessoas inclinadas a investir em bens duráveis, como geladeiras e fogões.
Por outro lado, a disposição para realizar investimentos teve um aumento notável, possivelmente vinculado à melhora nas perspectivas sobre a situação financeira futura.
Com essa melhora percebida, juntamente com a consolidação do mercado de trabalho e um contexto de redução das taxas de juros, torna-se viável projetar, a partir do modelo estatístico desenvolvido pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP (IEGV/ACSP), uma recuperação nas vendas do varejo a partir do terceiro trimestre, culminando em um crescimento de 1,7% ao final do ano. Veja o gráfico abaixo:
Em um período onde incertezas econômicas podem predominar, os resultados positivos do Índice de Confiança do Consumidor trazem uma dose de otimismo ao setor varejista brasileiro. As expectativas em relação ao futuro das finanças pessoais e a disposição para investir em bens duráveis indicam um consumidor mais confiante e propenso a movimentar o mercado.
Embora desafios possam surgir, o atual cenário sugere que o varejo está em uma posição favorável para aproveitar as oportunidades que estão se desenhando.
Com informações de Ecommerce Brasil
