Americanas perde mais de R$ 200 milhões após ataque hacker

Segundo estimativas realizadas pela Folha de São Paulo, a Americanas perdeu mais de R$ 220 milhões em vendas.

Após o ataque hacker sofrido na manhã do último sábado (19) 

Tanto os sites quanto os aplicativos da Americanas, Submarino e Shoptime foram retirados do ar.

Na manhã de quarta-feira (23), a Americanas informou, em comunicado oficial, que já está iniciando o processo para restabelecer o marketplace. 

Segundo a nota, o site deve entrar no ar de maneira gradual e com segurança.

Confira o comunicado na íntegra:

“A Americanas informa que está restabelecendo gradualmente e com segurança seus ambientes de e-commerce desde quarta–feira (23/02), suspensos em razão de incidente de segurança do qual foi vítima entre os dias 19 e 20 de fevereiro.

Não há evidência de comprometimento das bases de dados. 

As equipes continuam mobilizadas, com todos os protocolos de segurança, e atuarão para a retomada integral no mais curto espaço de tempo. A Companhia reforça que a segurança das informações é sua prioridade e que continuará mantendo o mercado, clientes e parceiros atualizados.”

Estimativas da perda

Os especialistas da Folha de São Paulo usaram como base para realizar a estimativa as vendas da Americanas o terceiro trimestre de 2021. 

Os dados mais recentes mostram que a empresa alcançou R$ 9,9 milhões de mercadorias vendidas pela internet, incluindo produtos da própria companhia e de outros vendedores. 

Nesse sentido, a venda média diária nas plataformas do grupo é de R$ 110 milhões. 

Como os ataques duraram dois dias, a estimativa é de que a Americanas tenha perdido R$ 220 milhões em vendas. 

Procon notifica a Americanas

Na última segunda-feira (21), o Procon do Rio de Janeiro e de São Paulo enviaram uma notificação à Americanas para prestar esclarecimento sobre o ocorrido. 

Acompanhe na íntegra a lista de esclarecimentos:

  • Quando o problema foi constatado;
  • Qual a previsão para regularizar os sites e aplicativos;
  • Quais providências em relação aos protocolos de segurança foram implementadas;
  • Que tipo de transações e operações foram comprometidas;
  • Quais os impactos para o consumidor;
  • Se o ataque afetou o banco de dados da empresa e quais informações foram afetadas;

O Procon ainda cobrou da companhia um canal alternativo de contato com o consumidor. 

Isso porque o consumidor tem o direito de fazer cancelamentos de compras online ou solicitações de troca. 

Por fim, o Procon também solicitou uma posição da Americanas sobre as medidas de segurança que foram tomadas para a proteção dos dados dos consumidores – de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados. 

A companhia teve até terça-feira (22) desta semana para esclarecer o ocorrido. 

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