As gigantes do e-commerce Temu e Shein anunciaram que vão aumentar os preços para os consumidores dos Estados Unidos a partir de 25 de abril. Nesse sentido, as empresas justificam a decisão alegando que o reajuste é necessário diante das recentes mudanças nas tarifas de importação. Além das regras do comércio internacional.
Assim sendo, ambas alegam que os custos operacionais se tornaram significativamente mais altos. Por conseguinte, será inevitável repassar parte desses custos para os clientes. Embora ainda não tenham informado qual será o percentual exato de aumento, ambas divulgaram comunicados semelhantes em seus respectivos sites — o que, aliás, chamou a atenção do mercado.
Por que Temu e Shein vão aumentar os preços?
De acordo com os avisos publicados pelas empresas, o principal motivo está diretamente relacionado
à escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Com efeito, o governo de Donald Trump impôs novas tarifas, elevando a taxa de importação para 125%.
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Dessa forma, a carga tributária total, somando os impostos já existentes, pode chegar a até 145%, o que impacta drasticamente o modelo de negócios de empresas como Temu e Shein. Vale destacar que, essas plataformas vendem produtos com margens reduzidas e preços altamente competitivos — portanto, qualquer aumento nos custos compromete essa estratégia.
Retaliação da China intensifica a disputa
Além disso, em resposta às sanções norte-americanas, o governo chinês também elevou as tarifas sobre produtos dos EUA, agora fixadas em 125%, segundo o Ministério das Finanças da China. Em outras palavras, a guerra comercial continua escalando, com efeitos colaterais tanto para empresas quanto para consumidores.
Ademais, a medida intensifica os desafios para quem compra produtos internacionais, especialmente em tempos de inflação e instabilidade econômica global. Consequentemente, o cenário se torna ainda mais desafiador para o comércio exterior.
O que esperar daqui para frente?
Contudo, ainda é incerto o quanto esses “ajustes de preços” vão afetar os clientes na prática. Embora as plataformas não tenham especificado os valores, especialistas apontam que os produtos mais afetados devem ser os de maior volume e custo de envio, como eletrônicos e itens de vestuário mais pesados.
Portanto, os consumidores que costumam aproveitar os preços baixos dessas plataformas podem começar a buscar alternativas, sobretudo em marketplaces locais ou outros e-commerces internacionais que ainda mantêm tarifas mais acessíveis.
Em suma, o impacto das tarifas vai muito além dos bastidores políticos, refletindo-se diretamente no dia a dia de milhões de consumidores e empreendedores ao redor do mundo.
